Os boatos que estão correndo nas redes inflamaram a revolta no meio literário. A questão não é o boato, mas sim o quanto o sistema é errado. Começa na gráfica e termina no correio. Tudo tem custo. Fato, ninguém discute que é livro é comércio. Porém, também são sonhos, tanto dos autores quanto dos leitores e deveriam ser melhor tratados por editoras, distribuidoras e governo.

O que fazer, portanto, para mudar esse cenário? Vou deixar aqui meu depoimento como leitora. Aprendi a gostar de ler como raras pessoas, na adolescência, com clássicos da literatura nacional e internacional.

Depois de um tempo, descobri autores modernos e me apaixonei, com evidente gula. Eu julgava um livro pela capa e pela sinopse depois que passei a comprar, corria atrás das modinhas e internacionais populares mais divulgados.

Confesso: fui uma leitora que não gostava de nacionais, além de ter muito pouco acesso a eles. As capas não me atraíam, a sinopse também, e eu pensava: nunca vão chegar aos pés dos internacionais.

Mas para minha surpresa (e para que eu mordesse a minha língua) eu estava errada! Completamente! Hoje, mais madura, sou uma leitora mais crítica. E como sempre trabalhei com texto, tenho algum conhecimento técnico (fora que há dois anos publiquei meu primeiro livro).

Enfim, o que importa de fato é que eu abri minha mente, venci meu preconceito e comecei a ler livros nacionais. Os conhecidos, os não conhecidos, de todos os gêneros. E tem vários tão bons ou ainda melhores do que internacionais.

Portanto, tenho apenas um pedido a vocês, leitores: deem chance aos nacionais. Leiam e sejam surpreendidos. Vocês não irão se arrepender!

Autores, blogs e editoras, vamos fazer nossa parte para mudar esse cenário. Eu farei a minha, com certeza!