É PRECISO FALAR SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!

by - abril 11, 2017


Um assunto que está em alta na última semana e que é necessário se falar TODOS OS DIAS! A violência de gênero existe, sim, e agride mulheres o tempo todo, inclusive no Brasil. E ela existe em vários níveis (vide a imagem para entender melhor).


Uma pesquisa, realizada pelo Instituto Avon com Data Popular em 2014 relata que:
- 78% das mulheres de 16 a 24 anos disseram que já passaram por algum tipo de assédio (faça uma retrospectiva, vai ver que já passou por alguma situação constrangedora envolvendo um homem);
- 68% receberam cantadas ofensivas (nossa, essa acontece todo dia, né!);
- 44% foram assediadas ou tocadas em baladas ou festas (aquele cara que acha que atitude é ir chegando e te pegando, SQN!);
- 31% sofreram assédio físico em transporte público (quem nunca, não é, meninas? NOJO!)
- 69% das jovens afirmam que há machismo no país (eita, Brasil, vamos melhorar, né?)
- 48% concordam que é errado uma garota sair sozinha com amigos sem o marido, namorado ou ficante sério (fala sério, então, eu vou ficar trancada em casa porque o machismo diz que eu não devo andar sozinha, porque se eu sair, ah, vou ser assediada mesmo, to pedindo, não é? GENTE, PARA! Mulheres são cidadãs como todo mundo e têm o direito de ir e vir, sem medo de ser agredida ou violentada. Depois dizem que a lei Maria da Penha é desnecessária! FALA SÉRIO! Tá tudo errado!)
- 43% já viram a mãe ser agredida dentro de casa (coisa triste, né, não? Essa estatística fez meu coração sangrar. A gente casa achando que encontrou o amor da nossa vida, mas descobrimos que temos dentro do próprio lar um agressor disfarçado de marido.)
- 37% das mulheres já tiveram relações sexuais sem camisinha por insistência do parceiro (essa é de chorar também. Esse negócio de homem dizer que camisinha machuca, aperta e o escambau é um mimimi horrendo! Homens, vocês têm ideia do que os hormônios de pílulas contraceptivas fazem no corpo de uma mulher? Leia a bula para entender! Fora os outros métodos que são invasivos. Vamos nos conscientizar de que, no mundo atual, não dá para transar sem camisinha, e não é só por risco de gravidez, não. Devemos lembrar que existem doenças sexualmente transmissíveis? Acho que não!)
- 9% das mulheres entrevistas afirmaram terem sido obrigadas a fazer sexo quando não estavam com vontade (sabem como isso se chama? Estupro! Não é porque você tem um relacionamento sério com alguém que deve perder o direito sobre seu corpo e sua sexualidade. Não é não, homens, mesmo que ela seja sua companheira. Entenderam?)

Triste mesmo é a gente ter que falar sobre isso e explicar uma coisa que deveria ser óbvia. Sabe o que resume tudo o que está escrito acima? Falta de respeito! O machismo objetifica a mulher e nos torna prisioneiras de homens opressores, agressores e violentos. Fiquem em alerta, meninas! Não se deixem oprimir, falem mesmo, levantem a voz e não abaixem a cabeça pra agressão física ou moral.

Quer um exemplo clássico? Ciúmes. Não significa que ele te ama, ainda mais se ele grita, te aperta/empurra, e te culpa por usar roupa X e atrair a atenção de outros homens. A CULPA NUNCA É NOSSA! É do machismo que dá LIBERDADE para que homens nos assediem sem consequências sérias. CIÚME NÃO É AMOR, é insegurança dele e falta de confiança em você! Quando as leis protegerem as mulheres de verdade, inclusive de si mesmas (o que quero dizer é que se for comprovado o abuso, por testemunhas ou por exame visual, o homem deveria ser preso, mesmo que a mulher agredida não faça queixa), só assim eles vão tomar consciência de que bater, oprimir, empurrar, encurralar, agredir, de todas as formas possíveis, é crime e destrói a nossas vidas!

Fica a dica aqui de alguns livros meus que falam sobre dois níveis diferentes de abuso: Puro Êxtase (agressão psicológica, que acaba com a autoestima da mulher) e Proteja-me (agressão física, violência doméstica).

Lembrando: A CULPA NUNCA É DA VÍTIMA, portanto, não a menosprezem ou insultem por não enxergar o abuso. Você não está na cabeça dela e não sabe por tudo que ela passou. Às vezes esse tipo de relacionamento é o único que ela conhece (e pela nossa criação machista, não me surpreende). Faça a sua parte, denuncie (disque 180)! Se conhece alguém que passa por isso, tente conversar com ela e abrir seus olhos. Pode parecer uma missão fracassada desde o início, mas pode ter certeza de que suas palavras ficarão no inconsciente dessa pessoa e, em algum momento, ela vai cair em si.

Chega de machismo e de ódio, gente. Vamos espalhar amor. O mundo já está difícil demais sem críticas e desprezo. Vamos respeitar o outro, está bem? Vamos fazer uma sociedade mais justa, começando por nós. Vamos nos conscientizar!

Desculpem pelo textão, mas o assunto merecia! Tenham um bom dia!

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